
Vivemos em uma época em que tristeza, cansaço, frustração e até crises existenciais vêm ganhando nome, código e remédio, muitas vezes sem que haja uma real disfunção médica. Se antes muita gente não sabia que tinha algum transtorno como depressão ou autismo, hoje vemos surgir, ao mesmo tempo, o fenômeno do excesso de diagnósticos. Neste livro delicado e lúcido, o psiquiatra Daniel Martins de Barros nos convida a refletir sobre uma confusão comum dos nossos tempos: a de tratar experiências difíceis como se fossem doenças. Com exemplos do cotidiano, ele explica o papel da dor como forma de nos impulsionar para mudanças e como alerta de que algo precisa de atenção, seja em nossa saúde física ou mental. Ao percorrer a história da medicina, o impacto da cultura, os limites do tratamento e a importância do cuidado, ele mostra que reconhecer o sofrimento como parte da existência humana não significa negligenciá-lo. E nos convida a encontrar formas mais eficazes de enfrentá-lo juntos.






