A inclusão da Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores e de Fonoaudiologia é algo recente no Brasil. Trata-se, afinal, de uma conquista dos movimentos sociais, com vistas à verdadeira inclusão, ou de um instrumento que nos conduziria à segregação dos surdos? E no que tange ao ensino bilíngue? Que condições seriam propícias para a aquisição equilibrada da língua oral e da língua de sinais? Seria conveniente adquirir uma delas antes da outra? Qualquer grau de surdez permitiria a aquisição da linguagem oral? Qual a posição do implante coclear em todo esse processo? Podem, a escola e a família, impor ao surdo uma dessas linguagens? Essas e outras questões fazem parte da teia dialógica construída por Regina de Souza e Núria Silvestre, ao longo deste livro. Entre pontos e contrapontos, as autoras trazem e debatem importantes e polêmicas questões que perpassam a educação de surdos.