
José de Alencar, em Iracema, declarou-se avesso aos prólogos , comparando-os aos pássaros que bicam as frutas antes que estas sejam colhidas. O ilustre Brás Cubas, em suas Memórias póstumas, foi ainda mais incisivo (além de irônico): afirmou que os melhores prólogos são aqueles que menos contêm ou, ainda, os que fazem uso do dizer obscuro e truncado . Diante de argumentos de tal peso, parece-me imprudente fazer deste texto - que objetiva unicamente convidar e instigar leitores e leitoras a percorrerem os rumos mítico-simbólicos criados por Nicodemos Sena, em A mulher, o homem e o cão - um pássaro importuno ou uma longa e ensimesmada análise literária, na qual imanências do romance que a mim se revelaram pudessem, ao se tornarem explícitas, impedir leitores e leitoras de encontrarem, livres de condicionamentos, suas próprias revelações.
- Ano de publicação: 2009
- Idioma: Português
- Peso: 100 g
- Formato: Físico
- Autor: SENA, NICODEMOS
- Edição: 1
- Encadernação: Brochura
- Origem: Nacional
- Páginas: 152
- Marca: LETRA SELVAGEM EDITORA E LIVRA